sexta-feira, 4 de abril de 2008

O tesouro

Os três irmãos de Medranhos, Rui, Guanes e Rostabal; eram os fidalgos mais famintos e mais remendados de todo o reino das Astúrias.
Numa silenciosa manhã de domingo, andando todos três na mata de Requelanes a espiar pegadas de caça e a apanhar tortulhos, enquanto as suas três éguas pastavam, os três irmãos encontraram, por trás de uma moita de espinheiros, numa cova de uma rocha, um velho cofre de ferro que conservava as suas três chaves nas suas três fechaduras. Dentro do cofre havia muitas moedas de ouro.
Os três irmãos, sem saber se aquilo era obra de Deus ou Diabo, mergulharam as mãos no ouro e estalaram a rir.
Rui, o mais gordo e mais avisado dos irmãos, levantou o braço e decidiu que o tesouro pertencia aos três e que se repartiria, rigorosamente, pesando-se o ouro em balanças.
Mas iriam eles transportar o ouro da mata para Medranhos? Não era conveniente sair da mata com ouro antes de do pôr-do-sol. Por isso Rui decidiu que Guanes, o mais leve dos irmãos, deveria levar o ouro numa bolsinha e com ele comprar três alforges, três maquias de cevada, três empadões de carne e três botelhas de vinho, na vila vizinha, porque já não comiam desde o dia anterior.
Quando escureceu os três irmãos regressaram a Medranhos e cada um ficou com uma chave em sua posse para que nenhum dos irmãos roubasse todo o ouro.
No dia seguinte Rui e Rostabal foram para a clareira, em frente á moita que encobria o tesouro.
Rui virou-se para Rostabal e disse:
- Ah! Rostabal, Rostabal! Se Guanes tivesse encontrado o tesouro sozinho, não o dividia connosco!
- Pois, lá nisso tens razão! Guanes é cobiçoso… Quando ele ganhou cem ducados ao espadeiro de Fresno, não me quis emprestar três para comprar colete novo!
Então Rostabal decidiu matar Guanes.
Quando Guanes se aproxima de Rostabal, este ataca-o e perfura-lhe o peito e a garganta, e arranca a chave do peito do morto.
Seguidamente Rostabal debruçou-se na laje de um tanque para lavar a face e as barbas, que se tinham sujado com o sangue do seu irmão, no entanto, Rui apunha-la Rostabal perfurando-lhe o coração.
Em seguida, para festejar, Rui bebe uma das garrafas do vinho que Guanes envenenara antes de morrer, e alguns minutos depois Rui sente um calor muito intenso no peito e morre.
Desde então o tesouro ainda lá está, na mata de Roquelanes.




Fernando Pereira Fonseca Nº8 9º3

terça-feira, 1 de abril de 2008

O Tesouro

Os três irmãos de Medranhos, Rui, Guanes e Rostabal, eram então, em todo o reino das Astúrias, os fidalgos mais remendados.
Em Paços de Medranhos, a que o vento da serra levara vidraça e telha, passavam eles as tardes desse Inverno, engelhados nos seus de camelâo, batendo as solas rotas as lajes da sozinha, a frente da lareira negra onde deste não estalava lume, nem fervia a panela de ferro.
Na mata de Roquelanes a espirar pegadas de caça e a apanhar tortulhos entre os robles, enquanto três éguas pastavam a relva nova de Abril.
Os três irmãos mergulhando furiosamente as mãos no ouro, estalaram a rir, num riso de tão larga rajada que as folhas tenras dos olmos, em roda, tremiam
Rui que era gordo e ruivo e o mais avisado, ergueu os braços como um árbitro,
Guanes era o mais leve devia trotar para a vila vizinha de Retortilho, levando já o ouro na bolsinha e Rostabal, o homem mais alto que um pinheiro, de longa guedelha e com uma barba que lhe caía desde os olhos raiados de sangue até à fivela do cinturão.
O cofre tinha três chaves. Guanes disse que queria a sua chave.
Guanes aliviado saltou na égua, meteu pela vereda de olmos, a caminho de Rotortilho, atirando aos ramos a sua cantiga costumada e dolente:
«Olé! Olé!
Sal ela cruz de la iglesia,
Vestida de negro luto…»
Os argumentos utilizados por Rui para convencer Rostabal a matar Guanes:
Guanes estivera para não ir com eles a mata, o ouro dele iria ser mal gasto («com refiões aos dados, pelos tabernas»), se fosse Guanes a descobrir o tesouro não o repartaria, Guanes está doente e pouca durará(«Não dura até as outras neves»), a parte dele faz-les falta para construir a casa e para Rostabal puder ter tudo a que tem direito por ser o mais velho dos três.
O desfecho do conto os três irmãos mataram-se uns aos outros e o tesouro ainda lá estava na mata de Roquelanes.



O título de um conto de Eça de Queirós, que surge dividido em três sequências.















Liliana Martins 9ª3 N:11

Resumo do livro “A lua da Joana”da autora Maria Teresa Maia Gonzalez.

A Joana era uma menina, que gostava muito da sua colega Marta, mesmo ele a não estar presente ela escrevia-lhe cartas. Que são as seguintes. Lisboa, 28 de Agosto demorei muito tempo, para dizer a verdade, não sabia que fazer. Precisava de desabafar, tentar compreender tudo o que acontecer e, como foste sempre a minha única confidente. Não fazia sentido escrever um diário, pois dava-me a sensação de estava a escrever para mim própria. Faz hoje um mês que tu já não estás, aqui comigo. É tão difícil de acreditar! Das «antiguidades» só ficar a escrivaninha, por causa daquelas gavetinhas todas que sempre me deram um jeitão para os segredos. O homem da cor-magnan (irmão), deu-me um chocolate «sabendo perfeitamente que sou alérgica», é triste ter um irmão assim, mas paciência. Senti (Marta), a festa de aniversário não seria a mesma coisa, alem disso
Não tenho vontade de festejar coisas nenhumas. Fazer anos não é assim tão especial como isso, Aida se fossem quinze…
Espero não sonhar outra vez contigo. É terrível!
Lisboa, 1 de Setembro - hades Marta, não posso desligar-me assim tão facilmente Haiti. É depois, como ninguém, não poderão chamar-me doida.
A verdade é que não sei o que hei-de dizer aos meus pais, quando os vir. Nunca pensei ter tão pausa coragem. Pode ser que daqui a uns tempos.
Lisboa, 10 de Setembro - A última semana foi uma das piores da minha vida. Quase todas as noites tive pesadelos contigo... como a ultima semana foi tenebrosa, passei horas e horas sentada na minha lua, a ver se conseguia imaginar alguma coisa divertida para fazer, mas não consegui, portanto pus-me a ler não foi divertido, mas ajudou-me a passar o tempo.
Lisboa, 14 de Setembro – Só esta manhã consegui abrir o saco que a tua mãe entregou. Primeiro, respirei fundo, tão fundo que fui invadido por uma calma que há muito tempo não sentia.
Então consegui ver o que tinha sido oferecido com tanta amizade: a tua raquete de ténis; aquele cinto de cabedal que compramos numa feira, na excursão a Londres; o teu espectacular estojo de desenho; a camisa de ganga que te dei uma vez nos anos; o carderninho com as canções que tocávamos na viola; e maravilha das maravilhas, a tua colecção de caleidoscópios.
Nasceu-me uma nova alma, como diz avó Ju. É espantoso como, ás vezes, as coisas podem transformar-nos.
Lisboa, 24 de Setembro - Fui outra vez eleita delegada, vê lá tu. E por maioria absolutíssima
Lisboa, 27 de Setembro – Fiquei pasmada com o João Pedro.
Lisboa, 29 de Setembro – Sabes eu não quero perder o teu irmão Diogo.
Lisboa, 3 de Outubro – Hoje não te posso escrever, estou um pouco ocupada.
Lisboa, 15 de Outubro – Há muito tempo que não escrevo, porque tenho andado ocupadíssima com as coisas sa escola: aulas, teatro, associação de estudantes e ainda o básquete; ontem, no treino, cai e torci um pé. A minha mãe, nem tinha reparado que eu tinha o pé ligado!
Porque é que não estás aqui comigo, Marta?!
Acho que vou hibernar para o lavai, este Inverno.
Lisboa, 27 de Outubro – Ganhámos ao Sporting!
A peça está, finalmente, acabada. Parece-me que ficou bom. Vamos lá ver se o estimável público gosta…
É verdade, resolvi que vou inscrever-me na Liga Portuguesa para a Protecção da Natureza. Tenho de pedir á avó Ju que me ajude a forrar o gavetão onde pus as coisas que a tua mãe me deu.
Lisboa, 1 de Novembro – Estive a manhã inteira sentada na minha lua. Hoje é dia de todos os santos e …, amanhã, de finados (detesto esta palavra).
Lisboa, 15 de Novembro – Quando à nossa peça de teatro, os ensaios já começaram, e o guarda-roupa está a ser pensado.
Lisboa, 29 de Novembro - Ontem no treino de banquete ia torcendo outra vez o pé.
Lisboa, 7 de Dezembro – 1ª festa na loja da minha mãe (que correu menos mal, mas para mim foi um sacrifício). Os testes acumulavam-se, como sempre, e a minha aguarela ocupou-me os tempos livres; mas acabei-a: são três manequins numa montra, com vestidos imaginados por mim. Vou sentar-me na lua, para ver se me inspiro.
Lisboa, 1 de Janeiro – Nunca dei grande importância às festas de passagem de ano. A minha mãe é que adora.
Lisboa, 15 de Janeiro – Ontem o dia foi estafante. Vou-me deitar Talvez hoje consiga dormir sem ter pesadelos. Seria um milagre!
Lisboa, 28 de Janeiro – Hoje decidi pintar.
Lisboa, 3 de Fevereiro - Odeio a época do Carnaval. Sempre detestei Carnavalices.
Lisboa, 18 de Fevereiro – As últimas semanas foram uma espécie de deserto. Não li nada, não te escrevi, não tive fome não consegui ter uma conversa decente com ninguém. Para acumular, tive dois pesadelos contigo. O Luís esteve a conversar comigo um tempão e deixou-me mais animada.
Lisboa, 27 de Fevereiro – Vai tudo mal a pior nesta casa de doidas! Agora a pior noticia de todas: a avó Ju não está nada bem de saúde. O médico já veio cá a casa e diz que o coração dela está fraco…Pediu-nos para não a arreliarmos e para nós certificar-nos que ela toma sempre os medicamentos.
Lisboa, 15 de Março – Vou parar de escrever. Prometi à avó Ju que ia dar um passeiozinho com ela na nossa rua, porque médico recomendou que ela não ficasse muito tempo sem se mexer.
Lisboa, 30 de Março – Vou fazer companhia à avó Ju.
Lisboa, 2 de Abril – Ontem foi o pior da minha vida, ou antes, o segundo pior. A avó Ju… ainda não consigo escrever a estúpida palavra (a avó acaba por falecer).
Lisboa, 30 de Abril – Tenho estado doente, de cama. A minha mãe chamou o médico e ele disse que eu preciso de repousar. Perdi cinco quilos em duas semanas. O Traumatizado, aprendeu a ler e a escrever, mas, como a maior parte das pessoas da minha família, não aprendeu a falar. Agora a verdade revelação foram as manas Lopes. Vieram visitar-me antes de ontem e trouxeram-me um presente e tudo. Pena que não fazem remédio para a alma…
Lisboa, 2 de Maio - Desde que a avó Ju morreu ainda não fui capaz de lhe dizer nada ao pai. Tenho de me encher de coragem. Quando ele tiver tempo…
Lisboa, 12 de Maio – Estou triste. Não há ninguém no mundo que passa ajudar-me resta-me olhar para a porta do meu quarto e ver se encontro alguma coisa nova no círculo preto…
Lisboa, 13 de Maio – Este silêncio todo e ninguém parar o quebrar!
Lisboa, 29 de Maio – Não tenho tido vontade de escrever, mas hoje, como é o dia dos teus anos, sentei-me aqui na lua com o livro de Português no colo e uma folha por cima para te dizer que muita coisa aconteceu nestes últimos dias. Agora o mais ridículo: a minha mãe teve um ataque de nervos quando me viu com o cabelo assim (cortado), e até ficou mal disposta! Sinto-me estúpida e preciso de saber se ainda consigo racionar.
Lisboa, 5 de Junho – Finalmente, consegui tirar algumas positivadas de que estava a precisar. Já consegui falar com o meu pai!
Lisboa, 13 de Junho – Vou ver se encontro o Diogo. Talvez esteja no café.
Lisboa, 30 de Junho – Tive mais um pesadelo contigo.
Lisboa, 6 de Julho – Férias, finalmente, diz a malta toda. Eu não preciso
Lisboa, 14 de Julho – Correu tudo bastante bem na terra da minha avó. Sabes foi visitar um lar de idosos e ficou surpreendido com muitas coisas. Só por aquilo valeu a pena ir a Sintra, o meu dia em Sintra foi um dos melhores de toda a minha vida. Gostava de lá voltar.
Lisboa, 29 de Julho – Fez ontem um ano já?! Nem queria acreditar. Não dei conta de o tempo passar assim tão depressa. Talvez a razão esteja no facto de eu te escrever tantas vezes.
Um ano é muito tempo aqui na Terra, no Céu sei o que será, mas talvez passe num minuto. Esta manhã fui à missa que os teus pais mandaram dizer, na paróquia. O Diogo não apareceu, mas os meus pais e – surpresa das supressás. Os Pré-histórico foram comigo.
Guincho, 20 de Agosto – Estive muito tempo sem te escrever porque, na verdade, não sabia se devia ou não continuar. Hoje percebi que não é uma questão de dever ou não, mas sim uma questão de necessidade. Preciso de desabafar e ninguém te substituiu, com grande pena minha. Tenho de pensar urgentemente um nome, para um cãozinho que eu encontrei.
Lisboa, 2 de Setembro - Foi uma luta para convencer a minha mãe a deixar-me trazer o Lucas cá para casa!
Lisboa, 15 de Setembro – As aulas começam amanhã.
Lisboa, 30 de Setembro – Começo pelo menos interessante: decididamente, os professores que me calharam este ano não são flor que se cheire, tirando um ou dois, no máximo. Vou sentar-me na lua a fazer o retrato do Lucas a carvão.
Lisboa, 6 de Outubro - Já sai três vezes com a Rita, é uma rapariga muito simpática e amiga.
Lisboa, 25 de Outubro - Não tenho escrito, porque tenho passado a maior parte do tempo livre com a Rita. Ela tem umas ideias incríveis e imenso sentido de humor. Percebo perfeitamente, porque é que te aproximaste dela.
Lisboa, 1 de Novembro – Quero contar-te como foi a tal festa que te falei, mas primeiro tenho de dizer-te outra coisa: o Diogo veio-me pedir novamente cinco contos. A festa foi um máximo! A Rita chegou muito atrasada e vinha com uma cara estranha, mas não disse o que tinha acontecido. É muito misterioso, a Rita. Ficou só uma hora, dançou um bocado, bebeu imenso e depois saiu de moto com um que eu ainda não conhecia.
Lisboa, 1 de Dezembro – Nas últimas duas semanas sonhei quatro vezes contigo. Ia dando em doida! O Diogo continua a pedir-me dinheiro emprestado. Vou para a minha lua com o jornal para escolher um filme para Sábado, uma coisa leve, para crianças. Preciso muito de me rir.
Lisboa, 15 de Dezembro - O Lucas ficou doente, por isso vou com ele ao veterinário.
Lisboa, 25 de Dezembro - Foi o Natal pior da minha vida. Sem ti, sem a avó Ju, o meu pai com gripe, de cama e, para piorar tudo, descobri uma coisa terrível: o Diogo andasse a drogar-se! Isso é tão horrível que nem me apetece continuar a falar do assunto, mas, por outro lado, preciso de desabafar. Mas a Rita também se droga.
Lisboa, 3 de Janeiro - Estive uma semana de cama com uma crise de estômago. Vou chamar o Lucas. Preciso de ver um inteligente, para variar.
Lisboa, 5 de Fevereiro - Já era para ter escrito, mas faltou-me a coragem. Fui à consulta do psicólogo. Não abri a boca e o homem pensou com certeza que eu era maluca, pirada do todo.
A Rita não tem tido tempo para mim. Agora, anda comum lá da escola dela, que mora longíssimo daqui. Os únicos que precisam de mim são o Diogo e o Lucas. Tenho de olhar por eles.
Lisboa, 20 de Fevereiro - São quatro e meia da manhã. Hoje apanhei o maior susto da minha vida. Quando cheguei a tua casa, encontrei o Diogo no pior estado que se passa imaginar. Tinha levado uma tareia de uns a quem deve dinheiro e estava tão em baixo que quase não conseguia falar. Ao chegar a droga para o Diogo, eu acabei por experimentar.
Lisboa, 2 de Março – Nestes últimos tempos aconteceu tanta coisa que nem sei: se vou conseguir contar tudo. Agora, o mais duro de contar: aquela «experiência» que fiz com o Diogo repetiu-se mais algumas vezes, a verdade é que já não sei quando… É uma estupidez e tenho de parar, mas queria que o Diogo parasse ao mesmo tempo que eu. Já vendi o meu blusão de penas e todas os mesmo relógios menos o último, aquele que o meu pai me trouxe da Suiça e que não é propriamente de plástico. É sempre a Rita que me arranja comprador. Ela trata de tudo e tem sido impecável comigo e com o Diogo.
Tenho saudades de ti, da avó Ju e do meu pai, porque é como se ele também não tivesse cá…
Lisboa, 15 de Março de 1994 - Vendi hoje o meu último relógio, e a Rita disse que não tinha conseguido o valor justo por ele. Tive de sujeitar-me. Vou parar de escrever. Dói – me a mão, dói-me o corpo, dói-me o pensamento…Dói-me a coragem que não tenho.
Lisboa, 25 de Março – Fui ter com um amigo da Rita e mandei fazer uma tatuagem no pulso: um relógio…Não aguento mais. Preciso urgentemente de fazer uma cura qualquer. Tenho de sair daqui. Se o Diogo não conseguiu parar, não sei o que irá acontecer. Mas não posso abandoná-lo agora.
Tenho montes de coisas para estudar, mas não dá para pegar num livro, sinto a cabeça nos pés. Debaixo dos pés.
Cascais, 1 de Abril - Estou em casa do meu tio Augusto, irmão do meu pai. O Diogo entrou finalmente num programa de desintoxicação e foi por isso que eu não me importei: de vir aqui passar uns dias. A minha mãe veio-me visitar. O meu pai é que ainda não veio ver-me. Telefona e diz sempre que, assim que tiver um tempinho, virá.
Lisboa, 15 de Abril – Apesar de tudo, é bom estar novamente em casa. O Lucas estava cheio de saudades minhas, acho que mais do que qualquer pessoa. Agora uma novidade espectacular: o Diogo está óptimo! Fez o tratamento, continua a ir às consultas ao centro e parece outro. Vou tentar dormir. É estranho, mas sinto-me muito cansada. Deve ser dos remédios. O Lucas dorme cada vez mais perto da minha cama. É um amor! Acha que tem de tomar conta de mim…Tenho a certeza de que nunca me abandonará.

Trabalho realizado por: Liliana Martins 9º3 Nº11

Resumo Do Conto O TESOURO

Três irmãos de Medranhe, eram por todo o reino das Astúrias, os fidalgos mais famintos e mais remendados.
Nos paços de Medranhe o vento da serra, levou vidraça e telho e passavam eles as tardes de Inverno engelhados nos pelotes de camelão batendo as solas rotas sobre as lajes da cozinha, diante da lareira.
Na primavera, num silenciosa manhã de domingo andando todos os três na mata de Requelenes a espiar pegadas de caça e apanhar tortulhas entre os robles, enquanto as três éguas pastavam a relva nova de Abril os irmãos encontravam-se por trás de uma moita. Os três irmãos tinham três chaves diferentes para o cofre.
Guanes, como era o mais leve tratou para a vila vizinha e Retortilha levando já ouro na bolsinha, a comprar tres alforges de couro, três maquias de cevada e três empadões de carne, e de botelhas de vinho.
Na clareira em frente á moita, que encobrira o Tesouro, um fio de água, batendo nas rochas, que caía sobre uma vasta laje escavada onde fazia como um tanque, claro e quieto antes de se escoar para as relvas altas.
As éguas dos irmãos tosavam a boa erva pintalgada de papoulas e dobrões de ouro.
Um dos irmãos confiavam as velhas plumas roxas começou a considerar na sua fala avisada e mansa.
Rastobal diz que se Guanes passa-se por ali, e tivesse visto aquele ouro nunca dividiria com eles o ouro.
O outro rosnou surdamente e com fúria, dando um puxão ás barbas negaras dizendo que mil-raios!!!!!
O Rui agarrou o braço do irmão o aponta para a parede de olmos, para onde Guanes se dirigia.
Rostabal puxa a espada e atrepassa em Guanes que depois a égua atira-o por cima dele.
Agora as três chaves eram de Rui, mal caía a noite com o ouro nos alforges, guiando a filadas éguas pelos trilhos da Serra.
Rui abriu as três fechaduras e apanhou um punhado de dobrões que fez retinir sobre as pedras.
Guanes na sua vida foi um mordomo que nunca se esquecia das azeitonas. Rui ergueu á luz uma garrafa de vinho, como aquela cor velha e quente, não teria custado menos de três maravedis, meteu o gargalo na boca bebeu em sorvos lentos que lhe fazia ondular o pescoço.
De repente cheio de ansiedade teve pressa em carregar os alforges.
Rui ficou a saber o que tinha bebido era veneno. Dois corvos de um bando que grasnavam além nos silvados, e já tinham pousado sobre o corpo de Guanes. A fonte, cantando levava outro morto, meio interrado na erva. A cara de Rui encontrava-se toda negra, uma estrela brilhou no céu, e o tesouro nunca fora encontrado, e ficou além na mata de Requelenes onde os três irmãos andavam.

Trabalho Realizado por: Flávia Lima Pereira Nº9 9º3